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Mário Cezar Silva Leite
Aproximo-me dos 58 anos, muito perto mesmo, e é como o Nano disse para a Ritaca: o tempo não passa, o tempo fica. Por isso envelhecemos! Porque o tempo fica em nós. Então, 58 tempos residem em mim. Nesses tempos inventei muita coisa, criei outras muitas e assim fiz o seguinte: sou professor universitário; pesquisador/crítico de literatura e culturas contemporâneas; gosto de pensar também questões de identidades; por fim, vou tentando instituir-me como escritor. Mas nada muito sério. De resto, tudo tá valendo!
INFINITO ANTERIOR (1987)
telhado
gato no
A
noite
ce
tece
nuvens.
Nas
AMOR (1987)
Há beleza
Em canto nesse
BRANCO
que se dissolve
Em nós
esfriando
rimando
Em nós
ENCONTRO (1988)
Marca comigo
uma hora
qualquer dia
agenteseencontra
numa esquina
fala da vida
a n d a, a n d a, a n d a
e
cai
na cama
se ama
depois, depois, depois,
bem depois...
se manda.
OUTRO ENCONTRO (1985)
Um aperto de mão
Um abraço
Um beijo
Uma mordidinha
Uma mão
Outra mão
Um braço
Outro braço
Uma língua
Outra língua
Outra mordidinha
Um botão
Outro botão
Um zíper
Outro zíper
Uma lambida
Outra lambida
Outra, outra mordidinha
Uma calça
outra calça
UMA TREPADA SÓ!