Marina Taborelli e Silva
Nasceu em 1999, cuiabana de tchapa e cruz. É bacharelanda em Direito pela Universidade Federal de Mato Grosso. Tem participação na coletânea Esperança Cercada - Cadernos Marginais de Filosofia, Literatura e Direitos Humanos [v. 1], Editora Fi.
BIBLIOTECA
Das zombarias, das maldades
Quis refúgio, para lá de Drummond
E mais para cá de Manoel de Barros.
Pois peguei gosto!
Sei onde quero estar:
Na alameda dos livros,
A plantar palavra camomila,
Versinho boldo,
Rima cidreira,
Quem quiser visitar-me, ofereço
Amorosamente, chacobolo.
CIDADE
Na selva de concreto,
Monocromática, cinza e gélida,
A vida corre feito bicho
E o velocímetro não a mede.
STOP
A vida parou
Ou foi o plano de dados?
MOMENTOS
Carimbar.
Carimbar.
Carimbar.
O tempo é fugaz;
Entre a tinta e o papel,
Pelas folhas do calhamaço,
Nas frestas do labor,
O ponteiro corre, corre.
Carimbar.
Carimbar.
Carimbar.