![](https://static.wixstatic.com/media/dd13ef_87ade6f4cb8647198b9feaf49b84bcb3~mv2.png/v1/fill/w_12,h_23,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,blur_2,enc_auto/dd13ef_87ade6f4cb8647198b9feaf49b84bcb3~mv2.png)
![Marília_Beatriz_-_foto.jpg](https://static.wixstatic.com/media/dd13ef_4fa87c63124947da89e083daadba612e~mv2.jpg/v1/crop/x_176,y_49,w_364,h_364/fill/w_217,h_219,al_c,q_80,usm_0.66_1.00_0.01,enc_auto/Mar%C3%ADlia_Beatriz_-_foto.jpg)
Marília Beatriz de Figueiredo Leite
É professora fundadora da UFMT, adjunta nível IV; mestre em Comunicação e Semiótica, pela PUC-SP. Ocupa a cadeira nº 2 da Academia Mato-grossense de Letras. Publicou O mágico e o olho que vê (Edufmt, 1982) e De(Sign)Ação: arquigrafia do prazer (Annablume, 1993) e Viver de Véspera (Carlini e Caniato, 2018).
AÇOITE
Cruzo as ruas estreitas
Sinto calafrio
Não vejo nada colorido
Na noite o corpo dolorido
Pelo açoite
E basta respirar
Minha cabeça flutua
Ao som da chibatada
Que corta como a foice...
O mistério da noite
Traz o cometa que escorre
Os miseráveis da noite
Não buscam o reviver
Apontam para a fuga
Espancados, drogados
Passeantes esculhambados
Sem ter horizonte para saciar
A vida.