

Manoel Edivan
É poeta e historiador. É graduado em História pela Universidade Federal do Tocantins (UFT) e Mestrando em Ensino de História (ProfHistória) pela Universidade Federal do Mato Grosso. Atualmente atua como professor pela rede pública do Mato Grosso. Inclinado à escrita desde criança, Manoel também é fã de Pink Floyd, o que lhe rendeu um alter ego, Manofloyd.
REGRESSO
Ainda bem que desceu sobre mim a enfermidade,
ao fenômeno animalesco que subia em erupção.
Quieto estou, vestido velho!
Foi quando decidi despir o outro lado da jaqueta.
E colidiu a borboleta com o tempo,
numa metamorfose reversa, desenhos na TV.
A supressão da vigília já passa das 10:00,
acnes voltam a colorir a faceta que outrora era ruga.
Tempo! Vestido velho! Vestido inverso!
E o lado intra do mal que quer tirar de mim uma Mafra,
ao surrupio de meu labor social,
não terá na borda dos escritos de minhas tristezas o dourado de que possa contribuir.
Nem ao externo que vem e suga, nem ao mais íntimo que guarda tristezas profundas.
Tempo! Vestido velho! Vestido novo!
E esse mesmo tempo me dirá que o sabor de Cronos depõe a qualidade das coisas.
É a timidez da lua com o sol à aurora, apesar de sorrir nos momentos de “luz de deus”.
Tempo! Vestido velho! Vestido inverso!