![](https://static.wixstatic.com/media/dd13ef_c1b2da2aa9d64419a83a5559a14a6297~mv2_d_1200_1548_s_2.jpg/v1/fill/w_52,h_68,al_c,q_80,usm_0.66_1.00_0.01,blur_2,enc_auto/dd13ef_c1b2da2aa9d64419a83a5559a14a6297~mv2_d_1200_1548_s_2.jpg)
![lorenzo-falcao-rm.png](https://static.wixstatic.com/media/dd13ef_2ee7a027f86c487296daa3a944d66754~mv2.png/v1/fill/w_217,h_217,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,enc_auto/lorenzo-falcao-rm.png)
Lorenzo Falcão
“Nasci inexplicavelmente para ser poeta”, reconhece Lorenzo Falcão na breve biografia que acompanha “mundo cerrado” (assim mesmo sem maiúsculas por opção do autor). “O cerrado é meu lar e a poesia, o meu mundão sem porteira”, conclui o jornalista, que nasceu em Niterói (RJ), mas cresceu em Mato Grosso, “entre barrancos, pedras e sombras”, e trabalha há muitos anos como jornalista na área de cultura.
FAZES FEZES
eles querem
para sempre estacionados
na zona de conforto
ficar
sapeando a terra úmida
no brejo das almas
acadêmicos de plantão
permanentes seres
a não estar
no lugar incomum
rumo ao futuro
a lição de bandeira
para sempre esquecida
à meia-haste
no exato lugar
pobre de espírito
tudo aquilo que fazes
não passa de fezes
que dão sequência
à parca sopa de letrinhas
sua cotidiana refeição
na beira da lagoa
ronda a sua imaginação
e este verso é pra você
bundão/bundona
nádegas mais
a dizer