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Lorenzo Falcão

“Nasci inexplicavelmente para ser poeta”, reconhece Lorenzo Falcão na breve biografia que acompanha “mundo cerrado” (assim mesmo sem maiúsculas por opção do autor). “O cerrado é meu lar e a poesia, o meu mundão sem porteira”, conclui o jornalista, que nasceu em Niterói (RJ), mas cresceu em Mato Grosso, “entre barrancos, pedras e sombras”, e trabalha há muitos anos como jornalista na área de cultura. 

PARA MARÍLIA

escrever pra alguém que partiu
como a cutucar uma ferida.
mas, é preciso e disso,
que deus não me livre.

sem essa de dizer
que não vejo a hora
de reencontrar marília:
morrer, ninguém quer, mas morre.

quando a gente faz poesia
há um tema assombrando
a nossa cabeça.
de vez em sempre e quando.

assombrações que me chegam
como sonhos e sorrisos
são bem vindas e me trazem
o frescor dos improvisos.

marília está fazendo festa no céu
e fazendo falta aqui na terra.
ela é beatriz e é figueiredo;
e eu choro pelo leite derramado!

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