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Leni Zilioto 
é natural de Guaporé-RS. Residiu em Passo Fundo-RS, em Serafina Corrêa-RS e em Nova Mutum-MT. Atualmente, reside em Sinop-MT. É mestre em Gestão e Auditoria Ambiental e especialista em Educação Ambiental e em EaD. É bióloga, palestrante e escritora, com doze obras publicadas e várias participações em coletâneas. É curadora para exposições e coordenadora de projetos em audiovisual. Membro da Academia Sinopense de Ciências e Letras. Recebeu duas “Moções de Aplauso” e a “Comenda Colonizador Ênio Pepino” da Casa Legislativa de Sinop, e o título de “Cidadã Mato-grossense” da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, pela contribuição das suas obras à leitura, à literatura e à cultura mato-grossense.

HONESTIDADE E TRABALHO

Nossos passos abriram caminhos,
devastamos florestas, cerradões;
hoje lhe dou uma flor, sem espinhos.
e de azul vou pintar corações.

Nesta terra, há almas iguais à minha.
Em cada canto, há um homem, uma mulher, sonhando.
Entre riso ou pranto, jovens caminham.
Seres que os jardins vão perfumando.

São Nerudas, Fernandes ou Lygias correndo;
no vagar do tempo e, ao embalo do vento, saúdam
picos e vales na imensidão do cerrado. Filhos alados.
Amados. Saúdam o ouro da terra e, por vezes,
há tempo, miúdo, para o pôr do sol dourado.

Entre a reforma da terra, há a reforma do homem.
Como se, para os dois, ela fosse necessária.
Capital humano usado em manobras do estado.
E a juventude de moços, arada na terra que,
involuntariamente, cobre, cuidadosa-agressivamente,
o viço de cútis femininas.

Entra, céu azul dos teus olhos! Para minha paz.
Para que cidades, crescentes,
não cinzem tão cedo a minha estadia. O vinho tinto e a lua
namoram e pedem verdes e cheiro de mato, ainda que
misturados às luzes urbanas e às alegrias que não cabem
em mim, enquanto minhas palavras ocupam o mundo – meu mundo.

Faça-se em mim, cá tão distante, as vontades do sim.
Do meu sim!

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