top of page
irineu-jaeger.jpg

Ireneu Bruno Jaeger

Ocupa a cadeira nº 1 de Academia Sinopense de Ciências e Letras. É um dos fundadores da mesma. É professor aposentado da Universidade do Estado de MT. Publicou  poesias,  crônicas literárias e um romance. Recebeu Moção de Aplauso da Câmara de Vereadores e da reitoria pelo histórico da UNEMAT do Estado e do Campus de Sinop. Ao todo publicou 14 obras. É catarinense de nascimento e mato-grossense de coração desde 1977.

MEIO/INTEIRO

O menino brinca
com bola furada
encontrada no lixão.
Ele pisou num caco de vidro
escondido entre plásticos.
 
Apareceram cobras
nos pneus abandonados
        e mosquitos
    e escorpiões.
Acabou o soro antiofídico.
    Não acabaram as cobras.
O caboclo matou a cobra.
        Coitada!
 
Recolheram
    UMA TONELADA
        de lixo
    num dia
na BR 163 !
Faça a conta!
 
120 veículos apreendidos
apodrecem ao relento.
 
Ela passou a consumir
somente água mineral...
 
E a devastação da Amazônia?
    Diminuiu? Diminuiu não.
 
Na  esquina jorra água
onde a Cia. arrumou
Multaram... Vão recorrer...
 
O moleque grita para a mãe:
--O peixe comeu plástico!

Fumaça tóxica
Invade pelas janelas
    pelas narinas.
Crianças e idosos com problemas respiratórios.
    Dois na UTI.
 
Hidroelétrica: Toneladas de peixes
    boiam.
 
Donas de casa
fazem seleção de lixo.
Garis jogam tudo num monte...
 
Índios vendem toras
a serrarias clandestinas.
 
Depois do “araIá”
10 sacos de lixo.
 
Primeiro água poluída
depois
    a cascata
        secou.
 
Ela se diz conscientizada
mas demora uma hora no chuveiro.
 
Políticas para instalação de usinas
de energia eólica e solar?
Acabou a verba.
 
E o tuiuiú entrou na lista de extinção.
 
E a reciclagem??
PRECISA RECICLAR
O BRASULEIRO, A BRASILEIRA
para o meio-ambiente virar inteiro.
 
Melhor se tudo isso
Fosse “fake new”

© 2019 - Revista Literária Pixé.

  • Facebook
bottom of page