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Iael Aguirre
17, é estudante do Centro Educacional Anália Franco, em Cáceres. Oscilando entre o mais dócil mel e mais ferrenha tortura, como o resto da humanidade, o jovem poeta Iael Aguirre descobriu na veia poética uma excelente ferramenta terapêutica para dialogar com os próprios diabos, tal diálogo proveniente de leituras literárias e pesquisas escolares, sendo a mais recente,  estudos acerca da marginalização do meio artístico em sua cidade natal, sendo esta Cáceres-MT. Menino de muitas leituras e escritas, desde muito cedo embrenhava-se pelo gosto dos livros, sendo muito observado e incentivado em seu âmbito escolar pelas suas professoras de Linguagens, sendo as mesmas com o olhar sensível e atento, deu a este menino incentivos para se aproveitar da poesia, como leituras e tessituras como uma forma de acalentar suas inquietações.

VIVEMOS TODOS UMA FÁBULA IMORAL 

Que imensa,
e bela selva
de vacas e cadelas
cachorros e bois
chá de mazelas
todos de mãos dadas
cruzando sem amar
entre raízes e calçadas
dessa cidade imunda
tudo imundo!
baderna animalesca!
fede a um cio libertino
tão renegado, e sigiloso
que charme latino
cheiro saboroso
é uma festa 
liberal
é uma suruba
 em dia de missa
e por aqui, ninguém fala
só late e atiça
fica um
 cheirando
o rabo 
do outro,
sem escanteios
sem rodeios
sem moral:
 a história
tá prenha
e vai
comer
o próprio
o filhote

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