Edson Flávio
É cacerense, doutor em Estudos Literários pela Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) onde, atualmente, é docente e pesquisador na área de Literatura. Amante da poesia, escreve desde quando ganhou seu primeiro concurso, ainda na escola. Pretende publicar seu primeiro livro em 2019.
POEMA-PÓS-PIXÉ OU ANTI-VOCÊ SABE O QUE
um sapo sozinho
não incomoda ninguém.
(será?)
mas se
grasna alto
e
pula muito
corre o risco de
,no meio do brejo,
ser engolido
sapo de fora
não chia.
mas
quando coaxa
enche o saco.
sorrateira, ela
ela, sorrateira.
coaxeiro, ele
que viraria príncipe
se engolido não fosse.
o peixe morre pela boca
o sapo,
também.
boca grande não é defeito
língua grande, muito menos.
qualidades!!!
se em terra de sapo
mosca não dá rasante
uma coisa eu digo:
cuidado co´eles.
CORPO NO CHÃO
um corpo no chão
no vão
não vale um tostão.
um corpo jogado
largado
imundo
sem rumo, sem prumo
um corpo com frio
com fome
vazio.
será que tem sonhos?
família?
alguém?
esse corpo
peso morto
de uma sociedade
no chão
no vão
da vida.