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André Siqueira

É poeta residente em Jacareí, interior de São Paulo. Já publicou poemas em várias antologias, revistas, jornais e sites de literatura. Publicou de forma independente dois livretos intitulados “Quase Ontem” e “As manhãs fechadas”. Cursou a faculdade de Letras, porém sem concluir e atualmente faz Pedagogia, além de participar de eventos literários, oficinas de poesia e demais trabalhos.

um adulto põe-se ilegível
numa sacada donde prostrado
consterna-se com garranchos
submetidos à fatigada solidão
do barulho de cabeças rolando
ao sol do dia que se afundou

Se a pressa fica tresloucada
resta o zerado nome flácido,
o paquiderme pela rua.
O nervosismo da varíola.

 

Olheira posta no bolor,
preso retalho de porão
espatifado. Navalhada 
no olho canino preto e branco.

 

Nojo palmilha e rodopia 
como se fosse quadro coxo.
Bexiga sobe marejada,
coceiras pulsam com tremor.

 

Mijado céu na desfraldada 
calçada prenhe, sorumbática.
O caminhar-se fala fosco 
como a gagueira renitente
no tremelique dos desejos.

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