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Agnaldo Batista de Lima 
É natural de Mariluz, PR. Licenciado em Letras pela Unemat – Universidade do Estado de Mato Grosso (2002). Especialista em Língua Portuguesa e Literaturas pelo ICE – Instituto Cuiabano de Educação (2004). Especialista em Gestão Escolar pela UFMT – Universidade do Estado de Mato Grosso (2010). Mestre em Letras pelo Profletras – Mestrado Profissional em Letras Unemat – Unidade Campus de Sinop, 2019. Tem artigos publicados nas áreas de Literatura, Linguística e Cidadania e Controle Social. Organizou a publicação de coletânea de poesias de alunos na obra Um convite à leitura (2011; 2012; 2014) e a coletânea Poemas na escola (2018). É professor na rede municipal de ensino de Alta Floresta, MT.

SECURA

O meu sol não fuma,
mas a fumaça enlaça
e os olhos embaraçam.

Piedoso do ápice
percebe minha sina
em tons de marrom.

Se esquiva das chamas
que queima as folhagens
e os bichos assustam.

E quando finda o dia
entrega-me à noite
em pura agonia.

Por detrás das colinas
ressurge teimoso
todas as manhãs.

Abraça os riachos
ribeirinhos e pássaros,
vem acalentar.

Oferta seus raios
mesmo sufocado,
sob tons de cinza.

E, vultoso de crenças
o pantaneiro anseia 
a chuva do caju.

Pra lavar a face
de um sol que insiste
em soprar a vida...

Ser o rei da luz.

© 2019 - Revista Literária Pixé.

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